quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Saudade

            Saudade é para se guardar do lado esquerdo do peito. Não! Não é isso! Ela deve ser morta e deve ser ressuscitada ou algo do tipo. Amanhã é véspera da véspera. E eu irei para Paris encontrar a Paula e o Zaga. Vai ser um natal francês bem brasileiro e iacsiano. Espero! Mas ao mesmo tempo gostaria de estar com minha família no Brasil.
            Não que um natal franco-brasileiro não seria legal. Será apenas mais gelado e terá mais saudades para matar. Não gosto de bancar a assassina. Porém, esse é o fardo de estar longe de pessoas e lugares dos quais você ama. Já tenho meus planos diabólicos para matá-la!
            Eliminá-la! Exterminá-la! Pra quê? Se no fundo precisamos dela, quando estamos longe, no fim do mundo. Imagina se ela não existisse, não sentiríamos aquela vontade de voltar pra casa, nem de reencontrar as pessoas das quais sentimos tanta falta. Iríamos e ficaríamos, sós. Saudade, por mais que eu queira te matar, também gosto de tê-la!
            Desejo a todos um Feliz Natal, un Feliz Navidad, un Joyeux Noël, a Merry Christmas, ein Frohe Weihnachten. E um próspero Ano Novo, cheio de praia, calor, sol e chuva!  Fiquem um video caseiro: Feliz Natal nada original!
        
            Sei lá, mil saudades!
        

domingo, 19 de dezembro de 2010

Ass Paradise

            Isso mesmo: Bunda Paraíso. Traduzindo o nome da caixa de correio correspondente ao nosso apartamento. Isso mesmo: na França, os apartamentos não têm número. A porta do seu apartamento e da sua boîte lettre possuem sobrenome do proprietário. Como a gente aluga, a caixa não tem nossos nomes, nem o do proprietário, o Sr. Baret. Daí, fica um pouco difícil de receber a correspondência.
            Descobri isso hoje, quando vi uma carta do meu banco, o BNP Paribas, para a Sabrina. Eu reparei que ela tinha dado o nome que designa nossa boîte lettre: Ass Paradise. Vou amanhã no banco mudar o endereço, isso vai me custar 8 euros para eles reenviarem minha senha. Mas vou poder receber o dinheiro do CAF e vou poder receber o dinheiro da caução do aluguel, quando o verão chegar.
            Ironicamente, a descoberta da Bunda Paraíso vai salvar o dia. Bem que gostaria de dizer isto para eles: "The Ass has saved the day. Am I in Paradise?". Pois, já passei muita raiva nesse banco, nesse sistema francês bancário complicado, com o mau humor dos franceses também. Meu plano: chegar no banco pedindo desculpas pelo engano e dizer o novo "endereço", não com sotaque francês, que seria: ás parradiza, mas como se deve dizer em inglês: Ass avec deux "s" Paradise. A guria do guichê não vai sacar mesmo. Minha secreta e silenciosa vingança idiota.
           Essa descoberta da bunda, fez-me lembrar da Revista Bundas. Uma tentativa de paródia de Caras, não lembro direito. Ou era uma revista de piadas que não deu certo. Ela surgiu na mesma época em que Suzana Alves era Tiazinha e Luciano Huck era da Band. E como essa postagem não pudesse ficar mais aleatória: agora fiquem com um videozinho-random!

           Sei lá, mil bundas paraísos!

sábado, 18 de dezembro de 2010

República

            Então, nesses dias natalinos em ritmo de férias. Todos ou quase todos os meus colegas de apartamento voltaram pra suas respectivas casas. Faz tempo que não escrevo nada, porque não aconteceu nada de interessante por aqui. Exceto a Fête des Lumières, que foi um fiasco total, segundo os próprios lionianos. 
            Posso escrever o que aconteceu no passado um pouco mais anterior à festa. Como vocês já sabem, cheguei aqui em setembro. Fiquei alguns dias no Albergue da Juventude de Lyon. Depois tive ajuda de um francês, fiquei na casa dele por um tempo até antes das aulas começarem, ou seja, antes do dia 20 de setembro, teria que achar um lugar para morar. Eu e uma alemã, Elisa, procuramos lugar pra ficar em Colocation, tipo uma República, mas não tem nome e menos festas. Ela conseguiu uma e hoje mora com duas francesas no centro de Lyon. E eu consegui só conhecer um francês, o Marco, que estava procurando apartamento para fazer uma Colocation.
            O Marco colocou num desses sites que anunciam vaga, que ele não tinha vaga para oferecer, mas que estava procurando também e que queria formar uma Colocation. Como eu estava ligando para todos os anúncios e recebendo um "Desculpa, mas o quarto não está mais disponível!", liguei para ele. Nos encontramos num café perto de Bellecour. E lá, estavam a Sabrina, a Floriane e o Mehdi. 
            Isso foi numa terça. Conversamos e decidimos procurar um apartamento no dia seguinte, a principio para seis pessoas, incluindo o padeiro Guillaume, que não estava na reunião. Na quarta, fomos à caça. Depois de ir lá e acolá. Por incrível que pareça, encontramos um apê para seis pessoas, fora de Lyon, em Villeurbanne, no banlieu. Marcamos uma visita no mesmo dia, todos acharam ótimo. O problema é que não podíamos mudar logo de cara, porque estava em reforma. E eu tinha que sair da casa do Florian, porque os seus "coloc's" iam voltar. Mas daí, Aurélie me ajudou, e eu fiquei na casa dela até outubro cuidando dos gatinhos dela.
             Em outubro, mudamos. Já faz uns três meses que moro com: 
             Sabrina, italiana de Bolzano, que não gosta de vinho nem de queijo e que tem alemão como língua materna; é estagiária em medicina, organizada, tem manias de limpeza, é doce e encantadora, e tem um senso de humor que eu curto; pessoa que mais gosto na república. E conhece o México. E cozinha muito bem também.
             Mehdi, francês, estudante de psciologia, gosta de café expresso da sua cafeteira italiana (preciosa), fala inglês com sotaque (mto engraçado), gosta de poker (até agora nunca ganhou), defeitos: achar que sempre tem razão e que possui reposta pra tudo. Frase: Les gens sont bêtes!  
             Floriane, francesa do banlieu de Paris, estudante de tradução em inglês, alemão e russo; é gentil, inteligente, individualista e reservada; curte filmes do Godard; morou na Austrália, e visitou a Tailândia. E estuda pra caramba, muito mesmo!!! 
             Marco, francês-italiano, ou vice-versa, estudante de economia. Mora no Mont Blanc-Chamonix, visual leleske dos alpes. Gosta de música, tem uma bateria eletrônica, violão e amplificador no seu quarto. Já morou na Austrália. E curte The Kooks.
             Guillaume, o padeiro, francês de Roanne. Largou a escola com 16 anos para trabalhar, hoje possui o ofício de fazer pão. Acorda de segunda à sexta, às 4h pra trabalhar, mas tira aquela siesta à tarde. Não fala outra língua, mas arrisca um espanhol; nunca pegou um avião, mas tem vontade de conhecer a Argentina e a Tailândia. Odeia o frio. Seu sonho morar num país tropical.

              Apesar de amar morar sozinha. Tenho muita sorte de tê-los conhecido. A maioria dos estrangeiros na França acabam nem conhecendo nenhum francês, só estrangeiros. Eu pratico francês todos os dias aqui, quando não estou viajando. A gente joga wii, vê Harry Potter, Les Simpsons e Friends dublado, joga poker, bebe cerveja ou vinho, e joga conversa fora sobre qualquer coisa. É muito legal morar, na maior parte do tempo. Às vezes é chato, mas daí eu penso: é a França. Ela é assim às vezes. Tento sobreviver à burocracia cotidiana e achar graça em pequenas coisas, como na neve ou no crepe. 


             Sei lá, mil repúblicas!

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Tá quente?! Tem luz?!

            Faz 15˚C! Tá quente! Usando menos casaco e botas normais! Posso dizer que hoje tá quente! Uma pena, porque tive que guardar o iogurte que estava na sacada na geladeira de novo. Toda a neve que caiu há duas semanas atrás se foi. Não há mais vestígios dela.
            Agora, estou fazendo o bendito dossier da faculdade, da disciplina Estética do Cinema. Trabalho sobre o corpo no cinema. Resolvi fazer sobre como o Luis Buñuel retrata o corpo nos seus filmes, por meio de Los Olvidados e Belle du Jour. Tenho que entregar para o dia 14 de dezembro. Nesse dia tem uma prova também. Depois estou de férias. Férias curtas. Em janeiro, tudo volta de novo.
            E nesta quarta, dia 8 de dezembro, no mesmo dia que John Lennon mostrou o quão inconveniente um fã pode ser, acontece a Fête du Lumière. A festa dura 4 dias e parece que é bastante esperada pelos lyonais (lionenses? lionianos?).
            
            No sábado, acontece também uma outra tradição: A Ceia da Turma 57. A galera do seixto período vai se reunir para comer comidinhas natalinas e para tomar aquela Cidra de Maçã com Pêssego. Estarei, espero, via Skype. 


            Sei lá, mil luzes e mil cidras!

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Amsterdam, ou nada a ver?!


            Pergunta chata que o Renan repetia toda hora: vamos pra algum museu ou nada a ver?  Hoje tá menos frio ou nada a ver? Vamos pro Coffe Shop ou nada a ver? O guri está morando em Londres, dae perde a noção das coisas.
Enfim, cheguei na quinta-feira em Amsterdam. Um dia antes do Renan e da Marina, dois campograndenses da hora. Fui direto pro Albergue Meeting Point, perto da Centraal Station e da Red Light District, ou seja perto das drogas e das prostitutas. Como estava sola, conheci 2 mexicanas e 1 mexicano que estavam no mesmo quarto que eu. Sai com eles só pra conhecer os arredores. Muito frio. Na Damplein, ou praça Dam, tinha um show de graça, de uma mulher lá, era tipo inauguração da nova estação ou do Natal no shopping em frente. Não entendi, porque a host dizia tudo em holandês. Entramos no shopping, comemos e bebemos de graça.
Na sexta, durante o dia, fiz um tour muito legal e de graça, chamado New Europe Tour. Como estava com os mexicanos, peguei o tour em espanhol puríssimo, o guia Carlos, era de Valencia, Espanha. Entendi boa parte das informações, algumas piadas e voilà. Depois do tour, me despedi dos mexicanos e fui pro albergue esperar o Renan e a Marina. Antes passei no Coca Leaf Expierence, fiquei lá conversando com o dono, que era irlandês e estava vestido com uma camiseta do Brasil numa loja que vendia produtos a base da folha de coca. Tomei o melhor chá do mundo. E fui embora com um monte de chá.
Na sexta à noite, os sulmatogrossenses chegaram. Eles conheceram 4 médicos mineiros, de bobeira pela Europa por 14 dias. Saímos por Amsterdam. No dia seguinte, amanheceu nevando. Fui na casa da Anne Frank, 40 minutos de espera na fila fria valeram a pena. Encontrei Renan e Marina na Winterland, na Rembrandtplein. Comidinhas holandesas típicas deliciosas. Depois, fomos pro Heineken Experience (videozinho), um museu muito diferente, encotramos os mineiros lá. Voltamos pro albergue pra dar aquela cochilada, e pra curtir ao máximo de Amsterdam depois.
No domingo, voltei pra Lyon. Aqui fico até o natal. Agora, estou em vias de começar o trabalho final da única matéria que peguei, Estética do cinema: estudo sobre o corpo no cinema. Me desejem sorte! 
            Queria que vocês ficassem com esse Video Tocante que fez meu dia hoje.


            Sei lá, mil flocos de neve! Ou nada a ver?!

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Banco Francês


O Banco Francês tem um design simples, meio Bauhaus, nada que lembre a época faustosa de Luís XVI, em que as despesas do rei desembocou numa crise econômica e à famigerada Revolução Francesa. Porém, esse banco é mais atrasado e burocrático que o brasileiro. Passei muita raiva ontem quando descobri que o que era gratuito não é tão gratuito assim.
Explicarei melhor. Para receber alguns benefícios que o governo francês conde a estudantes e alugar um quarto/Studio é preciso abrir uma conta bancária francesa. Logo, fui abrir uma. Escolhi BNP Paribas aquela que patrocina a Master Series de Tennis, Nadal, Federer e Cia. Dei entrada no começo de outubro, porque tinha me mudado para o apartamento onde estou agora, para poder receber o dinheiro da caução depois e para receber ajuda da CAF (Caisses d’Allocations Familiales).
Chegou uma carta para mim depois de três semanas, dizendo para eu ir na agencia pegar meu cartão (La Carte Bleu). Peguei o cartão no começo de novembro. Como viajei para Paris e Marrocos , não tive tempo para usá-lo. Nesta segunda, fui num caixa eletrônico “desbloquear” o cartão. Mas na França não existe isso. O caixa pedia uma senha, só que eu não botei senha nenhuma no cartão. Parece que a gente recebe a senha pelo correio. 
Fui na agencia resolver o problema. A mulher disse que eu já recebi a carta com a senha, mas eu não recebi essa carta, e para reenviá-la me custaria 8 euros. Enfim, fim da historia chata, eu to devendo 4 euros ao banco, porque eles vão cobrar a mensalidade de outubro... sendo que dizia 2 anos sem anuidade... enfim, deve estar escrito no contrato em letras pequenas! Pelo menos consegui que me reenviassem a senha sem pagar os 8 euros, mas ainda não tenho senha! No Brasil, eles fazem de tudo pra você já ir utilizando, comprando e parcelando seu cartão de crédito!!!
Mudando de assunto, na segunda, o Marco, um dos meus coloc’s ganhou ingressos da faculdade para uma sessão no Instituto Lumière, Leonera, de Pablo Trapero. Eu já tinha visto o filme. E tinha gostado muito dele, então fui vê-lo de novo. Convidei minha amiga Aurélie. Os que moram comigo ficaram com preguiça de ir, por causa do frio! Fomos eu, Aurélie e Marco.

Durante o filme, me lembrei do dia em que vi esse filme. Tinha sido no Festival do Rio de 2008, com Juliana e Mariana. Tinha me lembrado que era uma première e que Walter Salles, Rodrigo Santoro e o próprio Pablo Trapero estavam na sessão... E foi também o dia em que minha mãe achou que eu havia sido seqüestrada (long story).  No dia seguinte, a gente viu Loki, Arnaldo Baptista, de Paulo Henrique Fontenelle, com o Arnaldo Baptista sentado pertinho da gente!!! 
Daqui a pouco, pego um vôo pra Amsterdã!!!

Sei lá, mil bancos franceses!

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Marrocos for dummies


Uma semana no Marrocos dá para se ter uma noção de leve desse país-cenário da novela mais exitosa da Gloria Perez. Não chegamos a ir ao deserto. Segundo o Zaga, seria brincar de Indiana Jones - não que não seja legal bancar o aventureiro, mas novembro chove, e pegar chuva no deserto é sacanagem!
            Mal chegamos em Fez, já tinha um cara nos oferecendo serviços de guia. A irmã dele era guia, conhecia a Medina, ia levar a gente nos lugares não tradicionais, não muito turísticos. E o melhor, falava português muito bem. No fim, a gente curtiu o tour na Medina, mas gastamos muito no almoço e fomos enganados nos preços das coisas que compramos, e só ouvimos um espanhol muito ruim, que, no final das contas, nos comunicamos em francês mesmo. Eu, Zaga e 2 amigos do primo dele, Luis e Julio. Os 4 inocentes no Marrocos. Terra em que se negocia muito antes de Maomé pensar em nascer. Marrocos não é para iniciantes ou para garotos. Tem que saber negociar. Aprendemos tarde demais. Isso porque eu fiz umas aulas intensivas na Bolívia.
            No Albergue da Juventude de Fez, conhecemos canadenses de Quebec, estagiários na França, e australianos mucho lokos, cujo trabalho é viajar.  Fizemos um tour por vários vilarejos aos arredores de Fez e fomos à floresta ver macacos. No Albergue de Marrakesh, conhecemos brasileiros que moram na Espanha, tinha uma alemã também no meio deles, muito gente boa. Brasileiro é assim: se junta e faz festa. O Zaga tinha comprado um tambor na Medina de Marrakesh, pra quê? Só sei que o cara do albergue acabou tocando tambor também. Os brasileiros foram pro deserto e a gente foi pra Casablanca. Mais um trem marroquino pegamos. 
            Em Casablanca, tem um Mosquée (Mesquita) enorme, que abriga cerca de 20 mil pessoas pra rezar pro Alá. Tem a praia virada pro Atlântico. Se você olhar um pouco pro Sul da pra ver o Brasil, mais preciso: Natal/RN. No entanto, o dia estava meio nublado, não consegui ver direito. Mas deu pra ver Cuba de buenas.
Marrocos é ainda uma monarquia, faz parte dos países muçulmanos, ou seja ainda estão no século XV, em 1431 precisamente, ainda fazem sacrifícios religiosos, as mulheres andam cobertas, e podem ser negociadas por camelos. Ofereceram 5 mil camelos ao Zaga haha pra me levarem, mas acho que o cara do restaurante em Marrakech estava de brinks.
            Nessa viagem, aprendi que os verdadeiros muçulmanos sorriem com o coração, e aqueles que sorriem apenas por sorrir querem o seu dinheiro e nada tem a ver com a religião. Conheci pessoas de bem e gentis. Ganhamos até uma carona em Casablanca por pura simpatia. E o rei é um bom rei. Pela nossa singela pesquisa: Le roi, c'est un bon roi? Oui, o rei marroquino possui 100% de aprovação, bem mais que o Lula. Resumindo: Venha para o Marrocos!

             Sei lá, 5 mil camelos!

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Pra amanhã

            Amanhã posto um texto maneiro sobre minha viagem ao Marrocos e outras reflexões sobre o mundo...


            Sei lá, mil textos!

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Para francês ver

            Nesses mais de dois meses que estou, quando as pessoas me perguntam o que estudo, respondo: Cinema. Ouço os mesmos que interessante, que diferente, que legal, do Brasil. Daí, me perguntam se eu já fiz algum filme, isso quando não pensam que faço teatro. Então, mostro os curtas que não precisam de muita tradução. Logo me resta apenas Ciclovia dos curtas que eu fiz. Gatebol, infelizmente, é para pessoas com nível de português avançado, já que não fui capaz de colocar uma legenda em inglês ou francês.
            No entanto, tenho curtas que eu já produzi ou que simplesmente acho maneiro e mostro para geral. Como Canções em mim e Depois eu arrumo a galera curte bastante esses!!! Se eles pedem mais, mostro os curtas do Chuck, Fim de linha e Priceless. Por algum motivo, sempre esqueço de mostrar Culpa e Damas. Não esquecerei mais!!!


             Sei lá, mil curtas!

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Dia morbido

            Hoje não foi um dia morbido apenas por causa da chuva ininterrupta e do céu nublado, mas porque fui me aventurar no Cimitière de Monmartre, onde François Truffaut e Emile Zola estão enterrados.
            Vi várias tumbas e mausoléus, todos decorados e rebuscados, outros nem tanto. Vários passarinhos, tipo Faísca e Fumaça, fazendo aquele som de filme de terror, quando uma garotinha está sozinha e perdida na floresta.
            Uma hora,  olhei para o lado e levei um susto: era um gato cinza e gordo que tinha subido numa tumba e que ficou me encarando. Quando fui tirar uma foto dele, ele sumiu.
            Durante uma hora e meia procurei pela tumba do Truffaut. Fui no mapa que fica na entrada três vezes para procurar a 21a  divison, e a localização exata do morto, mas não achei. Cansei, estava muito frio e chovendo.  Só tirei uma foto do mausoléu da Famille Truffaut, que eu não sei se faz parte da família dele ou  não, mas que estava em outra division do cemitério. Achar o tumulo do François Truffaut foi uma missão perdida!
           Depois, encontrei a Marilia no Starbucks da Place Clichy, a gente jogou conversa fora, entramos em lojas de chinês  pra ver casaco  e cia.  Durante esse percurso, dois caras nos perguntaram se a gente fala inglês em inglês e depois eles disseram que não sabiam inglês. enfim.. Eu e Marilia chegamos à conclusão que francês não faz idéia do que seja inglês ou qualquer outra língua(se bem que um deles sabia árabe, e o outro, italiano), porque tudo é dublado ou é um produto audiovisual franceês.  Nossa conclusão é uma falácia.

           Sei lá, mil ataúdes!

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Começar pelo começo de novo

            Como eu tinha dito no primeiro post, que eu acabei de apagar acidentalmente, esse é meu primeiro blog! E para aqueles que ainda não tinha lido o 1˚ post, era algo sobre ter chegado na França e ter encontrado os Detonautas Roque Clube durante o vôo para Paris, e eu não ter encontrado minhas malas quando cheguei em Lyon. E ter agradecido à Juliana pelo nome do blog... sei lá, mil lugares!
            Que raiva! Me sinto uma senhora que nunca mexe nessa maquina e que não conhece essa tal de internet. Ou a Jen do The I.T. Crowd: Jen and the Internet  (video). Todos os meus coleguinhas sacam muito de internet. E eu... sou a Jen. Não tão igual a ela porque eu sei fazer o "turn it on and turn it off again"(catchy phrase ou bordão do Roy). 
            Como eu apaguei o começo, posso falar o que fiz hoje além disso. Então, hoje eu acordei com intenção de ir à Cinémathèque de novo ver outro filme, um do Buñuel, acho que La Jeune Fille. Mas dae acabei indo pra Saint-Michel, numa loja de cd's, dvd's e livros usados. Comprei um livro por 2,5La Tabla de Flandres, de Arturo Pérez-Reverte, um dvd por 8,5 Los Olvidados, de Luis Buñel, e outro livro sobre arte gótica por 7€. Voltei pro apê do Zaga para ler e estudar um pouco antes da viagem pro Marrocos.
           Amanhã, me aventurarei pelos cemitérios parisienses. Quero visitar meus queridos mortos!!!


          Sei lá, mil perdões!

domingo, 7 de novembro de 2010

Les Demoiselles de Rochefort

            Acho incrível a mentalidade francesa para formação de publico para o cinema. Tem varias coisas que não gosto nos franceses, que não cabe agora explicar, porque acabei de ver uma super sessão, simplesmente genial na Cinémathèque Française.
           Acabei de ver Les Demoiselles de Rochefort, de Jacques Demy, de 1966, copia recuperada por sua mulher Agnès Varda em 1996. Era uma sessão chamada Jeune Public, tipo uma matinê, voltada para crianças.
           Antes da sessão tinha uma mulher da cinémathèque explicando como o filme foi feito, quem era o diretor e o porquê das cores do filme e Cia. Ela perguntou para as crianças se elas já tinham visto algum filme do Jacques Demy, e o impressionante, era que varias levantaram suas mãozinhas e disseram o nome de alguns filmes, como Les Parapluies de Charbourg (Os Guarda-Chuvas do Amor) – que eu ainda não cheguei a ver.
          Ela explicou também que Jacques Demy usou a cidade como locação e que era difícil fazer um musical sem ser num estúdio, porque é complicado fazer os movimentos de câmera, e que ele queria pintar a ponte da cidade de rosa, mas que o dinheiro não era o suficiente. Enfim, o filme é ótimo! Eu tive que acordar o Zaga, quando o Gene Kelly apareceu. Alias, o elenco é genial: Catherine Deneuve, Gene Kelly e George Chakiris (o irmão da Maria em Amor, Sublime Amor).
          O filme me fez lembrar do Jocimar e como ele gostaria de estar lá, nessa sessão. Sua paixão pelo cinema me encanta. Saudades das soci's e do nosso cineclube bobolhando, cuja única sessão na Casa Rosa, foi um filme godardiano, Acossado (A bout de souffle), nem lembro mais quem ficou com o dvd piratex.
          Depois do filme, tinha um grupo cubano tocando no Café Le 51, da cinémathèque, animando a soirée francesa num domingo chuvoso e frio. Quase todas as folhas das árvores estão no chão. Quero nem ver o inverno chegar. Estou combinando com a Paula de passar o ano novo em Praga, no leste europeu frio!!! 

          Sei lá, mil coisas!

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Lyon bombom

       Continuando a história do aeroporto... eu cheguei no dia 31 de agosto em Lyon, mas minha bagagem não chegou comigo.  Percebi também que não era a única naquela situação. Tinha uma fila enorme, numa salinha da Air France, com gente que foi pegar suas bagagens retardatárias e outras, como eu, apenas com a de mão. Tenso! 
       Mas ainda bem que eu tinha um "padrinho", um voluntário indicado pela minha universidade para me ajudar no começo. Florian, com sua boa vontade de aprender português, ficou de me buscar no aeroporto. Dae, ele me ajudou também com a bureaucracie francesa. 
       No dia seguinte, no albergue onde fiquei recebi minhas queridas malas! 
  


       Como funciona a procrastinação: eu deveria estar fazendo outra coisa, como estudar cinema, afinal, estou aqui para isso... mas comecei a arrumar meu quarto, porque tinha chegado de viagem na segunda, mas o computador estava ali, sozinho. Então, estou escrevendo...
       Ontem, pela primeira vez depois da semana do caos em Lyon, por causa das manifestações da greve geral, vi como estão os arredores da praça Bellecour. E dá para ver claramente o que se passou por ali... vidros quebrados, rachados, sustentados por fitas adesivas, que eles chamam de Scotch. Algumas vitrines foram substituídas por placas de madeiras ou algo do gênero. 
       Fui no correio colocar cartões postais de Milano para Juliana, Willian e Pollyana. Ok! Todos os meus cartões postais são enviados de Lyon mesmo e não das cidades que visitei... 
Consegui entregar meus papéis da OFII (Office Français de l'Immigration et de l'Intégration), que eu deveria ter entregado faz muito tempo! E fui ao banco BNP Paribas, aquele que patrocina jogos da ATP, Master Series de Tennis. Agora tenho uma Carte Bleu e 30€ que eu ganhei do banco, só porque sou da Lyon2 = )



Essa foto foi tirada da sacada do apartamento onde a gente mora, somos vizinho do Ancien Cimetière de Villeurbanne, e que nessa época é bem florido!
  
Sei lá, mil flores!