sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Marrocos for dummies


Uma semana no Marrocos dá para se ter uma noção de leve desse país-cenário da novela mais exitosa da Gloria Perez. Não chegamos a ir ao deserto. Segundo o Zaga, seria brincar de Indiana Jones - não que não seja legal bancar o aventureiro, mas novembro chove, e pegar chuva no deserto é sacanagem!
            Mal chegamos em Fez, já tinha um cara nos oferecendo serviços de guia. A irmã dele era guia, conhecia a Medina, ia levar a gente nos lugares não tradicionais, não muito turísticos. E o melhor, falava português muito bem. No fim, a gente curtiu o tour na Medina, mas gastamos muito no almoço e fomos enganados nos preços das coisas que compramos, e só ouvimos um espanhol muito ruim, que, no final das contas, nos comunicamos em francês mesmo. Eu, Zaga e 2 amigos do primo dele, Luis e Julio. Os 4 inocentes no Marrocos. Terra em que se negocia muito antes de Maomé pensar em nascer. Marrocos não é para iniciantes ou para garotos. Tem que saber negociar. Aprendemos tarde demais. Isso porque eu fiz umas aulas intensivas na Bolívia.
            No Albergue da Juventude de Fez, conhecemos canadenses de Quebec, estagiários na França, e australianos mucho lokos, cujo trabalho é viajar.  Fizemos um tour por vários vilarejos aos arredores de Fez e fomos à floresta ver macacos. No Albergue de Marrakesh, conhecemos brasileiros que moram na Espanha, tinha uma alemã também no meio deles, muito gente boa. Brasileiro é assim: se junta e faz festa. O Zaga tinha comprado um tambor na Medina de Marrakesh, pra quê? Só sei que o cara do albergue acabou tocando tambor também. Os brasileiros foram pro deserto e a gente foi pra Casablanca. Mais um trem marroquino pegamos. 
            Em Casablanca, tem um Mosquée (Mesquita) enorme, que abriga cerca de 20 mil pessoas pra rezar pro Alá. Tem a praia virada pro Atlântico. Se você olhar um pouco pro Sul da pra ver o Brasil, mais preciso: Natal/RN. No entanto, o dia estava meio nublado, não consegui ver direito. Mas deu pra ver Cuba de buenas.
Marrocos é ainda uma monarquia, faz parte dos países muçulmanos, ou seja ainda estão no século XV, em 1431 precisamente, ainda fazem sacrifícios religiosos, as mulheres andam cobertas, e podem ser negociadas por camelos. Ofereceram 5 mil camelos ao Zaga haha pra me levarem, mas acho que o cara do restaurante em Marrakech estava de brinks.
            Nessa viagem, aprendi que os verdadeiros muçulmanos sorriem com o coração, e aqueles que sorriem apenas por sorrir querem o seu dinheiro e nada tem a ver com a religião. Conheci pessoas de bem e gentis. Ganhamos até uma carona em Casablanca por pura simpatia. E o rei é um bom rei. Pela nossa singela pesquisa: Le roi, c'est un bon roi? Oui, o rei marroquino possui 100% de aprovação, bem mais que o Lula. Resumindo: Venha para o Marrocos!

             Sei lá, 5 mil camelos!

6 comentários:

  1. 5 mil camelos é algo a se considerar...

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  2. pra sobreviver no Marrocos NUM PODE SER GAROTI! hahaha
    5000... também teria repensado se fosse o Zaga.

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  3. auihauiauiahauih raxeii !!
    muito bom!!! mais um lugar pra se conhecer!!

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  4. só 5.000 camalídeos? não é muito pouco pela minha ovelha?

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  5. caramba, 5000 camelos!!! bombou!

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