quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Zen

            Ando muito zen paciencia para ficar em casa, não que eu tenha voltado a ser baladeira. Aliás, nunca fui muito de balada, mas é que ultimamente, voltar para o apartamento não tem sido muito agradavel. Não sei o motivo. Só sei que estou mais na Casa Alta e no Iacs e qualquer outro lugar... Amanhã até viajo para São Paulo, ver se fico zen mesmo!
            Esse semestre vai ser de estudo!!! Estudo de cinema!!! Amei ter descoberto o filme-ensaio! Se eu tivesse que ser um gênero cinematográfico, seria com certeza cinema ensaio. O Joci seria musical. Dani seria terror. Mari Flor seria musical-clássico. Will seria melodrama-almodóvar.
            Vou fazer muita meditação, muito ioga, vou começar a sei lá, a estudar mesmo que já é uma ótima terapia! A gente esquece da gente mesmo. Não é resolver o problema, é fugir dele. Mas nhéee fazer o que?! Divagar, divagar, divagar numa onda, numa nouvelle vague photomataire...

             Sei lá, mil divagações!

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segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Pour le moment

             Por enquanto, estou à procura de um estágio na área do audiovisual, qualquer coisa! As aulas no Iacs começam essa semana... e tenho que me dedicar para terminar a faculdade. Ainda me restam 4 obrigatórias e 4 optativas! Em um ano ou em três períodos eu consigo terminar! E por enquanto é isso! ah e matar saudades do Iacs e cia...
             E que o Botafogo suba ao G-4!!!
          
              Sei lá, nada muito a dizer!

sábado, 6 de agosto de 2011

Tengo que escribir y hablar

            Tengo que escribir más y hablar más, pero no sé como hacerlo. Para mi, penso que no sé y de pronto no lo escribo. Así, que sea. Sigo entonces a estudiar, para terminar por todas mi portunhol horrible. Yo no quiero hablar más eso. Es ... mejor, no lo es!
           Außerdem wollte ich schreiben und sprechen...
             
           Sé allá, mil cosas!!!

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quinta-feira, 28 de julho de 2011

Futebol e teatro e tempo

            Acho que eu já vi umas dez partidas de futebol desde que voltei. Já faz pouco mais de um mês. Antes acho que não via nenhum. Não, ano passado foi ano de Copa, e na Copa, eu assisto quase todos os jogos, mesmo aqueles em que o Brasil não joga. Mas não sou torcedora fanática. Não vou ao engenhão todas as vezes que meu time joga. Pra falar a verdade, já troquei de time algumas vezes. Gosto muito do Barcelona. E foi muito legal "acompanhar" de "perto" a Lpiga dos Campeões 2010/2011.
           Por falar em Brasil, eu fui lá ver o Bruno Mazeo no cinema, sala lotada, eu a Natalia tivemos que sentar separada da mãe dela. E vi gente sentada na escada. Igual a vez que vi minha única peça francesa em Lyon, acompanhada de uma mexicana, a Sofia, um iraniano e um francês. Sentados na escada vendo aquela peça que falava sobre cinema e, por ser francesa, falava de Godard. Ainda bem que era uma comédia, mas terminava falando de Bergman, com uma cena do filme do xadrez de Bergman (rs). Uma comédia meio trágica-reflexiva, mas era francesa, deve ser por isso!
           Por falar em teatro, vi a peça do Joci... já falei sobre isso! Então, tá quente né, ameaçou fazer frio semana passada com uma chuva de leve e um ventinho frio, mas tá quente de novo! E seco! Eu até vi um ipê roxo hoje, fazia tempo que não via um ipê, mas eu prefiro os amarelos, os brancos também são bonitos. Acho que é uma árvore do cerrado, mas tem no Pantanal, se não me engano, nunca fui mesmo! Estou esperando a Mari Flor ir pra eu ir com ela (rs) Também tô esperando pra ir na Chácara da Polly! Un jour... qui sait?!
          Por falar em tempo, passei muito tempo sem fazer nada, sem ver o sol(e olha que aqui tem um monte), sem escrever aqui, sem fazer exercício, sem ler muito, sem ver meu gmail, sem face, só no ócio criativo de assistir Sky. Tive um tempinho pra fazer um CV que espero mandar por ai no segundo semestre. Je vais réussir, j'éspère ça, vraiment!!!

          Sei lá, mil lazy songs!!!
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quarta-feira, 27 de julho de 2011

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Julio Menezes, o menino da ilha!

            Indo para o Gragoatá, para nossa primeira aula de Português VII, do nosso recém-antigo novo curso da Universidade Federal Fluminense, Cinema e Audiovisual, um garoto menor de idade também esperava pela aula que nunca aconteceu. Este menino apresentou-se como Junior, falou que morava na Barra da Tijuca e que tinha passado direto do terceiro ano para a UFF, acho que em sétimo lugar do vestibular, se me lembro bem...
            Menino prodígio e alegre, com seu jeito de "descobrindo o mundo", principalmente o mundo do cinema. Sua paixão, aliás, pela sétima arte é realmente contagiante. Acho que gosto mais de musicais hoje por causa dele: do menino da ilha. Esse menino, foi morar na Casa Rosa, uma república de Niterói, muito conhecida, mas que infelizmente foi desmantelada, não por intrigas na Casa, mas sei lá por qual o motivo real do fim... creio ser uma falta de renovação de contrato do aluguel.
            Enfim, o menino cresceu, bebeu um pouco, dançou, estudou, estudou em cima da hora, fez filmes, filmes premiados, foi Julio Menezes, deixou de ser Junior, e virou Jocimar Dias Jr. E esse menino riu, riu comigo, riu de mim, riu dele mesmo, riu da gente, riu dos amigos, dos nem tão amigos assim, mas graças a Deus, riu! Que risada... e vindo de mim, da pessoa com aquela "risada", deve ser uma comparação e tanto...
            A última do Jocimar foi se juntar a um grupo de teatro. Pra quê?! Pra fazer a gente se surpreeder mais uma vez com ele. Fui vê-lo atuar. Afinal, já tinha visto outros amigos atuarem, o Vitor Medeiros e a Anita Chaves. Eu tinha que ver o Joci atuando... e superou totalmente minhas expectativas de um domingo. Não sei o que o Joci será amanhã, mas com certeza sei que terá muito sucesso no que escolher como carreira e eu espero estar perto para dividir os momentos tristes e alegres de seu caminho rumo ao Oscar de Best Male Performer of 2034?! (2034 para sermos realistas né?!)

              Sei lá, mil pessoas como o Joci!

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domingo, 10 de julho de 2011

Un vrai barbecue, s'il te plaît!

            Je sais encore écrire! Então, estava sem criatividade ou digamos, sem inspiração para dar continuidade nas minhas sem noçãozices por aqui! Eis que vou a uma churrascaria campograndense e fico extasiada... Pqp! Picanha ao ponto é tudo de bom! E aquele abacaxi assado com açúcar e canela?! Mon Dieu, e a mandioca sulmatogrossense, que não é aipim nem macaxeira, é MANDIOCA! Que saudade dessa raiz deliciosa que me lembra o sabor da terra... da minha terra!
             No meu primeiro post 100% brasileiro, queria fazer uma publicidade gratuita para a churrascaria Gaúcho Gastão (Rua Dr Zerbini, 38 - Chácara Cachoeira, Campo Grande/MS), é por isso que usamos guri e guria, os gaúchos migraram pra cá pouco mais de 30, 40 anos atrás. E trouxeram o churrasco também, apesar de não ser o mesmo churrasco, é um tipo diferente, que para mim é o verdadeiro, é o único com mandioca, os outros são comparativos para mim! Tudo é relativo/subjetivo mesmo! Então, quem passar por Campo Grande, para ir para outro lugar como Bonito, Pantanal, Bolívia ou Paraguai, pode ir lá e conferir le vrai barbecue campograndense, não é à la carte, nem à quilo, é RODIZIO!



             Para demonstrar que eu mudei durante minha estada na França, troquei o Arial pelo Times, agora os post serão em Times! Eu ia postar sobre a minha volta, como foi ter viajado pra Turquia (por isso coloquei uma foto de um modelo turco acima), como foi a emoção de surpreender a galeren da turma57, como foi ter visto JOCIMAR atuando (por sinal merecia um post só pra isso), como foi ter visto Louis Garrel live, essas coisinhas né?! Que não tive muita gana de escrever ainda aqui! 
             Só o churrasco de hoje é que me animou e me nutriu a alma para escrever. Isso porque troquei uma feijoada caprichada que meus pais fizeram aqui em casa... nesse calor de 30 graus! Céu azulíssimo! Mas foi por uma boa causa, era a comemoração do aniversário de uma amiga muitíssimo querida, aniversário da Pollyana!!! E desculpa, Aurélie, mas a comida brasileira é muito boa e senti muito falta dela!!! Da França, só sinto falta de você, da manteiga, do pão e do vinho branco!


             Sei lá, mil churrascos! 


PS: animada pra fazer um na Casa Alta quando voltar, de despedida pro Lorena e pro Joci!
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quinta-feira, 2 de junho de 2011

Nesse verão resolvi fazer algo de diferente

              Então, não tenho postado muito! Sem criatividade mesmo para escrever ou sem inspiração. Só posso dizer que em Londres no dia do jogo do Barça, eu só vi gente da catalunia invadindo a cidade, não sei se Wembley era lá perto, só sei que não tinha à vista torcedores do Manchester UD. Talvez eles não se deslocaram até lá para ver o Barcelona ganhar. 
              Fui nas casas do John Lennon e do Paul McCartney quando eles se conheceram em Liverpool e é genial, mas quem não pode ir a Liverpool para visitá-las, aconselho o filme O Garoto de  Liverpool (Nowhere Boy, 2009). Depois, fui no primeiro lugar que eles tocaram depois de ficarem famosos em Hamburg, Alemanha, o tal Cavern Club, que fica na Mathew Street. O lugar é legal e conserva algo da época, mas é totalmente modificado. O lugar que eu gostei mais, foi onde eles bebiam depois das apresentações quase diárias, o The Grapes, como o Cavern Club não vendia bebida alcóolica, eles atravessavam a rua e iam para lá. E parece estar entrando nos anos 60 literalmente, o lugar não alterado. 
              Fui também, no Estádio de futebol do Liverpool também, e dale Suarez, camisa 7, uruguaio que meteu a mão na bola e deu penalti para Gana, mas perderam o penalti, dai o Uruguai foi pra semi-final. (clique para ver o lance)
              Só sei que esse fim de primavera européia está geladíssimo. Quero usar chinelo na rua! Então, estou usando, apesar do friozinho. Agora, estou na Irlanda, bebendo meus bons Guiness, e ainda teve boatos de que eu estava na França na pior. Bem, não estou mais na França. Mais je retourne tout de suite.


              Sei lá, mil coisas!

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Cannes, Almodóvar e Alec Baldwin

            Não, eu não fiz o que o Rafa Cortez fez! Não beijei o Almodóvar! Eu nem vi o Almodóvar passar, eu escolhi o dia errado para ir à Cannes. Ele vai amanhã apresentar sua mais reciente película no festival mais fofo da Europa. Também não vi Alec Baldwin, quem viu foi o Gera, um amigo de Recife que também está fazendo intercambio. Como ele conseguiu fazer oficina de fotografia ou de curta-metragem, ele descolou contatos. Daí, ele está em Cannes desde do dia 10 de maio junto com a mexicana Aldonza. 
            Por que eu não fiz a oficina de foto e/ou realização de novo?! Damn it! Porque não queria traumas franceses. Enfim, peguei o trem hoje de manhã e cheguei ao Mediterrâneo quatro horas depois, valeu super a pena, além de encontrar meus coleguinhas ao acaso, vi onde fusué que é o festival de Cannes. E quem me deu essa brilhante ideia, foi meu amigo amore mio Willian, que quase não aparece no meu blog. Fui e voltei no mesmo dia, genial. As oito horas de viagem pra saber que o Gera viu nada mais, nada menos que Rodrigo Santooooron (arroz neh) em Cannes, valeram super a pena. O mar é lindo. A praia nem tanto. Sou mais Itacotiara, Ipanema, até Itaipu. 
             Hoje, vi gente com plaquinhas mendigando uma troca de convite ou uma simples boa doação do mesmo para ver Melancholia, Lars von Trier, cansei neh gente?! Aff, ainda bem que fui embora. Olha a mentira! Queria ter ficado mais! Por que eu não fiz contato com o prof de foto da Lyon 2?!!! Parce que c'est bientôt la fin( porque já é o fim)! Tchau França! Opa, ainda tenho mais umas semanas de França. 
             Então, pra esquecer que eu estou na França, resolvi fazer algo de diferente, fui pra Cannes, ver gente diferente, tomar uns bons drink e megulhar na água geladíssima do Mediterrâneo. Nem vi gente famosa, o mais perto que cheguei foi da escada vermelha e dumas mão da Sharon Stone que ela marcou em 1992, faz tempo hein! Eu tinha 4 anos, ou ia fazer. Não... e tipo tinha uma coisa super bizarra nas ruas: pessoas com chinelos "havaianas", mas eu vi numa loja que os "chinelos" com a bandeira do Brasil, na verdade eram da "marca" "Brasileiras, Las originales", total made in China!!! E pessoas comprando!!! E pessoas usando no boulevard de la Croisiette!!! Tinha uma marca chamada Laulina também!!! E eu vi umas Dupé (essa exite no Brasil, mas ninguém cobra 17€ o par neh).
             Ai, mas, enfim, foi muito bom minhas míseras quatro horas locais no furdunço de Cannes (meu português e minhas expressões foram pro beleléu, como vocês podem notar). Isso aí! Ano que vem é nóis, jacaré!!! Obrigada, TGV, que está comemorando 30 anos de França, désolée pour toi. Obrigada, mãe por ter deixado eu ir. Obrigada, Will pela ideia. 


             Sei lá, mil cannes!


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terça-feira, 17 de maio de 2011

Mudanças

           É engraçado reviver o mesmo momento que eu fiz antes de vir para cá. Tipo, revendo o que eu tinha que jogar fora, doar, limpar, orgnanizar, e que ainda está incompleto, pela metade, quando voltar, vou ter que limpar o meu armário. Sorte minha, eu acho, é que a água que estorou do cano do banheiro em janeiro não chegou no meu quarto, pelo menos é o que meu irmão me disse. Então, a tralha que eu tenho ainda está intacta.
           Parece que é fim de ano, vai ter o natal logo logo, festa de reveillón e tudo mais. Mas querendo ou não é meio que fim de ano para eles, para os que vão para escola. Esse negócio de o ano começar na metade, é esquisito demais, parece que tem dois anos num só, ou seja, a gente envelhe o dobro por ano, ai que chato. E não acontece só na Europa, em todo o Hemisfério Norte, ao que me parece. Depois falam que no Brasil, o ano só começa depois do carnaval... e eles?! Só depois do verão, ou seja só depois de setembro. Por isso, que a economia deles blablabla tá bombando durante fevereiro e março e a gente na folia com o feriados superprolongados... Também, um frio porreta, eu também ficaria no calor do escritório!
           Mudando de asssunto, minha paixão por musicais aumentou. Estou até saindo e cantando pela rua como se fosse a própria Dorothy... não, queria que essa parte fosse verdade. Mas as pessoas aqui de Lyon não interagem. Hoje, estava no metro e tinha um cara vestido de terno e gravata com tres bolinhas na mão, daí, eu pensei que estranho, bem que ele poderia fazer malabarismo, e não é que ele fez?! Dentro do metro balançando pra lá e pra cá, mas daí as bolinhas caíram, eu aplaudi institivamente e ri, teve um adolescente que aplaudiu também... Vagão lotado e a galera ficou olhando pra mim, affe!!! Não sei o que isso tem a ver com musicais, sei lá neh!
            Outra anedota, Mehdi e Quentin estavam se tapeando no balcão, com luvas de boxe. Acho que o Mehdi foi mostrar seus dotes de lutador profissa pro menino, tadinho. Daí, fui pra sala ver TV com o padeiro, daí o padeiro foi se tapear com o Mehdi também. Não entendo essa de se tapear, podia virar um musical. O padeiro cantando sobre pão, a namorada dull, e luvas de boxe, daí entrava Mehdi, com seu óculos Ray-Ban e relógio de mil euros, estilo cafetão anos 70, com bigode, e cantando sobre jogatina no cassino, depois entraria Marco, com roupa indiana, cabelos loiros ao vento, e uma prancha de surfe, óculinhos Jonh Lennon, fazendo o sinal de paz e amor e ele cantaria sobre vocês sabem neh, seu amor por Alejandro(que é meu). E eu entraria vestida de brasileira fazendo embaixadinhas com uma bola de futebol e cantaria um samba sobre como Alejandro é meu. 
            Que maldade! Seria um horroroso musical! Porque seria em francês!!! Que maldade! Jacques Demy não é tão ruim, amei Duas garotas românticas. Podia ser uma versão Glee do meu musical francês então! Eu seria uma mistura de Tina, Santana e Rachel. E os meninos seriam eles mesmos porque não tem ninguém poderia fazê-los no glee, não posso fazer nada eles são demasiado franceses! E os atores de glee não, talvez o Kurt poderia ser o Quentin. Só teria que andar bem encurvado para ter a mesma altura do Quentin.

              Sei lá, mil devaneios de uma pessoa em pleno ócio dental e com saudades esperando um amigo ligar no skype!


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sexta-feira, 13 de maio de 2011

Da minha janela

            Da minha janela, posso ver o cemitério antigo de Cusset, com aquelas lápides decoradas e com flores de plástico. Mais adiante tem um lugar que ficam aqueles postes de energia, deve ser uma central de energia. Ao lado direito do prédio, fica o Multifood, que é tipo um McDô de comida árabe, com o famigerado kebab, nunca entrei. Atravessando a rua, tem o McDô, fui uma vez com a Sabrina pra usar o Wifi deles, já que não tínhamos ainda.
           Quando o céu fica bem clarinho, azulíssimo, sem nuvens, dá para ver o Mont Blanc daqui. Minha janela villeurbannaise são dois vidros de uns 5 m²,  não dá pra abrir, o que posso fazer pra entrar é abrir a porta do meu quarto e abrir a porta do balcão, para onde meu quarto dá de frente. Daqui posso ver o Mehdi, o Marco e Quentin, que saem para fumar, ou a Floriane, que pula corda na sacada, porque o verão está chegando.
          Agora, é noite. O tempo está agradável. A porta da sacada está aberta. A cidade iluminada. O cemitério nem tanto. Estou olhando minhas coisas espalhadas pelo quarto com um pensamento nostálgico de algo que nem perdi ainda. Estou pensando no que passei nesse quarto, no frio que passei nesse quarto, nas conversas de skype que passei nesse quarto, com a Sabrina batendo na porta pedindo para eu rir baixo, porque o padeiro estava dormindo. 
          Logo vou embora daqui, fim do mês é a data limite da Mme Obeissart. Logo me instalarei na casa da Aurélie. Logo encherei seu saco hehe. Minha janela não abre nem fecha, mas espero que esteja fechando-a muito bem, e que outra bem mais fresca se abrirá para mim quando voltar para minha terrinha do meu coração.
          Der Fenster, la finestra, la ventana, the window, a janela ou la fenêtre, n'importe laquelle, qualquer uma será apenas uma janela, o mais interessante é o que podemos ver através delas.
Mais uma do Magritte!
          Sei lá, mil janelas!
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quinta-feira, 5 de maio de 2011

Bagunça e a capacidade de acumular

             Comecei a arrumar uma mala com roupas de inverno que provavelmente nunca usarei de novo, ao menos, não no Brasil. Enfim, comecei a vasculhar os papéis e as sacolas inúteis que Eu consegui juntar ao longo de 7 meses morando na pensão francesa. Incrível o  tanto de lixo que a gente consegue acumular. Pra que eu vou querer sacola de compra, folhetos de propaganda, livrinhos de eventos culturais. Joguei tudo fora. 
            Comprei umas roupas também, made in China, made in Indonesia, made in Marocco, que terei que tentar enfiar nas malas de algum jeito. Sem falar nos livros e nos DVD zona 2 formato PAL, ou nos Blu-Ray comprados por engano, preço igual achei que fossem DVD normal. Vai tudo dar certo. Vai ter que dar!


               Vou ter que deixar tudo limpo. Vou ter que consertar a escrivaninha de "boa qualidade", os parafusos da gaveta saíram e vou ter que pôr no lugar ou falar da Mme Obeissart que os móveis que ela comprou não eram de confiança, digamos assim.
               E vou ter que botar tudas minhas malas na casa da Aurélie, mas isso semana que vem, quando ela estiver em Lyon! Depois é só dar tchau, roubar Alejandro, e voltar pro Brasil Maravilhoso! E tentar nãao acumular coisas estúpidas, péssimo hábito que adquiri desde criança! Eu era do tipo que queria o brinquedo por causa da caixa, não pelo brinquedo em si! 


               Sei lá, mil saudades! 


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PS: Vi Rio, do Carlos Saldanha e é um lindo filme e as informções sobre a cidade condizem com a realidade, diferente de Velozes e Furiosos 5, em que colocaram um trem-bala no Brasil(?!) e os brasileiros falam um português bizarro(?!)

terça-feira, 3 de maio de 2011

Berliner


               Então, finalmente fui a Berlim!!! E lá realmente vale de tudo!!! Vale beber na rua, uma das poucas cidades européias, em que se pode fazê-lo sem o risco de pagar uma multa em euros! Vale vender pedaço do Muro em cartões postais, sei lá a vericidade disso! Vale tatuar a cara, pois é tinha o senhor com a cara toda tatuada de tribais bebaaaço no Karaoke da Mauerpark que acontece nos domingos! Vale falar alemão esquisito também! Vale frio invernal na primavera! Vale até velhinho com corte de cabelo tipo Chitãozinho e Xororó com mulete argentino tatuado e com piercings parecendo que saiu do programa da MTV, de 2000, Piores Clipes do Mundo (Clique aqui para ver um exemplo)! Poh, foi genial! Amei! Poderia viver lá e até aprender alemão!

               Sei lá, mil coisas!

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segunda-feira, 25 de abril de 2011

Flamengo ou flamenco?

              Tipo o time de futebol ou tipo a dança espanhola ou flamingo tipo o pássaro? Falei pra Aurélie que a língua que os belgas falavam era tipo o time hahaha porque em francês me parece que é tipo o bicho, flamand - língua e flamant - bicho, mas como a última consoante não se pronuncia, fica igual mermo. Tiramos a dúvida com um brasileiro que a gente conheceu no albergue 2GO4, em Bruxelas. 
              O Fábio nos disse com certeza que era tipo a dança espanhola. Então, acreditamos. E era verdade. Fora a língua tipo a dança, os belgas também tem francofônicos, alemanfônicos, holandofônicos e uns anglofônicos e até uns hispanofônicos. O que a gente viu de turista mexicano, espanhol e argentino... não estava no gibi. 


              Por falar em gibi, o país foi berçocriador do Tintim (que eu cismei que era Rin-tin-tin, mas pelo visto, era um pastor alemão estadunidense muito corajoso). As aventuras do outro Tintim era mais no papel. Em forma de história em quadrinhos ou desenho animado, o Tintim tem o lulu como acompanhante na tentativa de desvendar todos os mistérios e os crimes que os circundam. Acho que a função do Rin-tin-tin era parecida só que num cenário mais faroeste.


                Eu brincando de representatividade das imagens na minha mente sei lá, mil coisas!, a gente foi ao museu Magritte, o cara que estudou sobre isso, como aquilo que vemos numa obra de arte realista não é necessáriamente a realidade, enfim!
                O Sol também deu as caras nas europis nas últimas duas semanas. Fazia um tempo que não chovia na França, péssimo pra agricultura e tudo mais. Ouvi dizer que choveu em Lyon enquanto estávamos em Bruxelas. Eu e Aurélie demos sorte lá. O ruim do calor é que cansa mais rápido, e a gente não badalou muito à noite, porque de dia andávamos muito. 
                 Fizemos muito turismo de turista, juntos dos chineses (always) e dos espanhóis. Conhecemos a Grand Place. Aquela praça central que toda cidade tem, a de Bruxelas é muito legal, parece que você entra no passado medieval. Passamos a mão numa relíquia histórica dentro dessa praça pra nos dar sorte, mas não sabemos o que era e se dava sorte. Parece que sim, pois depois disso, achei 20 francos suíços no chão e voltamos de graça do aeroporto pra casa. 
                  Fizemos compras em brechós e num mercado de pulgas. Aurélie comprou até um vinil das Escolas de Samba do Rio de Janeiro do carnaval de 1987 e por um euro (R$2,30). Visitamos o menino que mija (Manekken Pis) três vezes. Tomamos cerveja no Delirium Tremens. Comemos gauffres belgas, um tipo de waffle com frutas e/ou chantilly e/ou sorvete, ou seja, não tem como ser ruim. E voilá, um feriado maneiro com final feliz: no aeroporto, consegui um preço bom do copo Kwak que vinha com mais 4 garrafas de kwak. Ainda não experimentei, não espero que a cerveja seja boa, só apenas espero que faça kwak!


                  Sei lá, mil viagens!
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terça-feira, 19 de abril de 2011

Quentin Tarantino



            Brinks, o novo integrante do BBF não é o Quentin Tarantino, é só o Kantan (pronunciando assim mermo). Não sei seu sobrenome, foi mal! Mas ele se apresentou assim, então beleza. Só sei que ele tem 20 anos e trabalha numa empresa aí de pôr placas de energia solar em outras empresas e pequenos negócios. Caipora convicto. Agora tenho que fechar e abrir a porta do balcão para ele fumar. Antes, o fazia esporaticamente para o Mehdi e/ou para o Marco.
            Parece ser gente boa. Como quase todo francês, ele tem olhos azuis e a altura de um hobbit. É, os franceses não são todos altos ou acima de 1,70m. Eu que sou alta demais hehe com os meus 1,68m. Antes, da confusão da semana passada, achei que ele fosse de Vienna, mas parece que ele só morou na Áustria. Na verdade, ele nasceu ou vem de Valence, uma cidade francesa mais pro sul, fica no meio do caminho entre Lyon e o Mediterrâneo. Ah, procura aí no Google maps, pronto! Mar fácil!
             Agora, são cinco franceses das redondezas, e eu e Flo de guria! Só o padeiro salva, o Marco também, o problema dele é andar demais com o preconceituoso e sans notion totalement Mehdi. Mais ça va! Vai tudo acabar! Em maio, c'est tout fini! O padeiro disse que vai sentir falta e que gostou de ter morado com a gente e tal! Que graça né?! Floriane também disse algo parecido! 
             Eu que já tinha sofrido na época de Shana e de Patrícia na Pensão da Dona Tereza em 2006 sei como que é hehe. Nesse caso fiquei feliz de ter partido. Daqui também porque por mais legal que tenha sido morar com Sabrina, Guillaume, Floriane, Marco e Alejandro, creio que não vou sentir tanta falta de ter morado aqui, eu acho, falo isso agora! Não sei como vai ser quando voltar. Não sei se vou me sentir um peixe fora d'água. Até porque me sinto assim quase a todo momento. Não é preciso viajar pra Niterói ou pra Lyon pra se sentir assim.
           Acabei de me lembrar que o Marco nasceu na Italia, mas é que ele mora há tanto tempo e tem um francês de mec (de mano francês, meo), que às vezes esqueço que ele não é 100% francês. Whatever!!!              
              Agora, a antiga Rep BBF é apenas uma memória legal. Mas ainda tem mais um mês e meio para ela continuar. Kantan saiu da casa de vidro ou dos aparelhos solares para esse apê da hora, amarelo e juvenil! Vamos ver no que vai dar, porque o BBB nunca acaba nessa vida do século dos reality show, meo! 
PS: tentarei levar Alejandro comigo, mas vai ser uma batalha, já que Marco o considera como um filho! I want ALejandro!!!


              Sei lá, mil casas!


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segunda-feira, 18 de abril de 2011

Sabrina est partie!

             Pour la première fois, je vais écrire en français et en portugais. C'est une édition spéciale pour Sabrina Pernstich. Elle vas nous quitter, en effet, elle va quitter la France. Elle va rentrer chez elle, en Italie. Une ville dont le nom je ne me rappel jamais. J'ai aimé vraiment habiter avec elle pendant ses sept mois de colocation villeurbannaise. Mais comme toujours, tout que c'est du bien, il finit! Ce ne doit pas être different dans ce cas là.
             Jeudi, on a fait une grosse soirée à Barbe Rousse, à Hotêl de Ville, à Lyon. C'était magnifique. On a laissé les bourrés Mehdi et Marco parce qu'ils étaient tellement bourrés. Mais bon, ils sont bien poussés aussi, donc ils se sont debrouillés très bien. Un peu la guele de bois pour les deux et pour Floriane vendredi, mais ça va. Hahaha. Un peu plus de l'eau et voilà.
             C'était moi, Flo, Sabrina, Aurélie, le boulanger et sa copine qui ont fait la fête dans la ville. C'était super. Le rhum était très bon. L'ambience aussi. C'était mémorable! Vendredi, j'ai aidé Sabrina pour les dernières choses, on s'est promenées à Bellecour, Vieux-Lyon et Fouvrière, c'était sympa. La journée était tellement belle. Car il fait beau depuis une semaine, je pense.
             Samedi matin, elle est partie! Moi, je l'ai aidé avec des valises et tout ça et elle est partie! Elle va me manquer trop, mais je vais survivre hehehe Comme ma mère m'avait rappelé ces jours-là, "Les amis, on ne les fait pas, on les reconnaît", la phrase de Vinícius de Moraes. Il avait raison. Tous les amis que j'ai laissé au Brésil, inclus mes parents, même mon frère, je les avait reconu.
            Mais je vais rentrer vers deux mois. Et les amis que j'ai reconu ici, Aurélie, Sabrina, Sofia, Floriane, Guillaume, Florian, Moema, Elisa, Rosa, Penny, et d'autres. Je les laisserai ci. Mais on va se revoir à plus tard un jour. Comme j'ai revu Alex et Patrizia. D'ailleures, il y skype aussi! Donc voilà!

             Chais pas, mille amis!


             Pela primeira vez, escreverei em francês e em português, e minha tradução será pífia. É uma edição especial para Sabrina Pernstich. Ela vai nos deixar, na verdade, vai deixar a França. Ela voltará para Itália. Para uma cidade, de cujo nome nunca me lembro. Amei de verdade morar com ela durante esses sete meses de república villeurbannesa. Mas como sempre, tudo que é bom, acaba. Nesse caso, não iria ser diferente.
             Na quinta, a gente festou num lugar chamado Barba Ruiva, no Hotêl de Ville, em Lyon. Foi genial. A gente deixou os bêbados ridículos para trás, já que eles arranjaram uns amigos na rua. Mas é isso aí, eles são bem grandinhos também, sabem se virar muito bem. Dia seguinte, um pouco de ressaca para eles, Mehdi e Marco, e para Floriane. Um pouco de água e voilá.
             Na balada, foram eu, Flo, Sabrina, Auréilie, o padeiro com a namorada, que fizemos a festa na cidade. Foi muito legal. O rum caseiro do lugar era bom. A musica divertida. Na sexta, ajudei a Sabrina com as coisas dela, e depois a gente foi passear pela Bellecour, Velha Lyon, e no Fouvrière, foi legal. O dia estava bonito, como tem feito nos últimos dias.
             No sábado pela manhã, ela foi embora! Eu a ajudei a levar as malas até o trenzinho e ela se foi! Sentirei saudades, mas sobreviverei hehehe Como minha mãe me lembrou esses dias "Amigos, a gente não os faz, os reconhece", a frase de Vinícius de Moraes. Ele tinha razão. Todos os amigos que deixei no Brasil, incluindo meus pais, e até o meu irmão, eu os reconheci.
             Mas logo voltarei em dois meses. E os amigos que reconheci aqui, Aurélie, Sabrina, Sofia, Floriane, Guillaume, Florian, Moema, Elisa, Rosa, Penny, entre outros. Vou deixá-los aqui. Mas iremos nos reencontrar em outro lugar. Assim como reencontrei Alex e Patrizia. Aliás, existe skype também. Donc voilà!

            Sei lá, mil amigos!
      
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terça-feira, 12 de abril de 2011

Big Brother France - BBF

              Big Brother França. Estamos na reta final do jogo, quem vai levar a bolada?! O padeiro, a brasileira, a italiana, a parisiense, o descendente de árabe ou o leke dos Alpes?! Será que o novo integrante da casa de vidro entrará na casa mais vigiada da França?! Quem fará as malas primeiro?! Infelizmente, a Sabrina! Vou sentir muito a falta dela.
              Ontem, rolou um conflito. Mehdi leva tudo pro pessoal. Sabrina vai embora e arranjou alguém para alugar o quarto dela. O problema é que falta só um mês para acabar a República. E sabíamos disso quando assinamos o contrato com o Boninho (Mme Obeissart). A Floriane não quer se estressar no mês dos exames finais, e pô, ela estuda pra caramba. Estudar russo, alemão e inglês tudo ao mesmo tempo deve ser foda. 
              O Marco não tem problema nenhum, relaxadão, tranquilão, na dele. Um pouco influenciável por Mehdi. Até foi no Cassino com ele ontem. O padeiro, Guillaume, quer conhecer a única pessoa que quis o quarto. Eu também não vi o menino. Resultado: eu, Flo e o padeiro nos oferecemos a pagar um quinto do mês que Sabrina não estará aqui. Mehdi diz que se tem alguém querendo o quarto, não quer pagar a mais e usou um argumento nada a ver, ele disse que nós, eu, Sabrina e Flo, queríamos "niquer lui", tipo foder com ele, por faze-lo pagar a mais, tipo 60 reais, tudo bem, é um dinheiro que faz diferença no fim do mês. Mas o garoto, que se acha um homem, vai ao cassino apostar em poker games, e fica gritando com a Sabrina, não sabe nem falar na tranquilidade. Ele é machista e covarde falando desse jeito com ela, porque com o Marco e Guillaume ele não fala assim?! E pior, ele é contraditório e hipócrita e nem percebe.  
              Por que a Sabrina ia querer foder com ele?! Ela é quem vai embora. Ela podia muito bem falar: não vou pagar o mês que vem e vocês que se virem, mas não, ela se ofereceu a pagar o mês, mesmo sabendo que não vai receber ajuda do governo francês para pagar o aluguel. E foi ela que achou na internet esse menino aí que não conhecemos, Quentin, de 20 anos, não entendi se é de Viena, Austria, ou de Valença, França. 
              Ontem, foi realmente uma cena digna de BBB. Fofoca, choro, gritaria, exaltação, um (Mehdi) deturpando a palavra dos outros. Ele até falou em papo de terrorista, nada a ver, o cara é afetado! Ele é que tem as coisas caras, e fica de mixaria... fala sério! Com papinho de pseudointelectual do caramba. Vai te catar! E no final, acho que todos vamos fazer o que ele quer. Sempre acaba nisso. Na divisão dos quartos foi a mesma coisa. Putz, eu nem estava presente e fiquei com o quarto sem janela para abrir, do lado da cozinha, e do balcão, e sem cortina também, sorte minha que viajei ou fiquei na Aurélie mais que fiquei aqui. 
               O namorado da Sabrina deu uma idéia, todos pagamos, e ele fica sem pagar. Vai pegar mal para ele. Mas não tem nem aí. Só não acho justo a Sabrina ter que pagar tudo sozinha se ela nem vai estar aqui. 
               Eu voto no Mehdi, porque ele causa muita intriga, não contribui para a harmonia da casa, e além disso sempre foge da faxina. Por mim, pode vir o garoto franco-austríaco da casa de vidro. Alejandro é o único de boa com tudo, fica no sofá tranquilão. Vou levá-lo para o Brasil, para conhecer a praia. 
                Sei lá, mil BBF! Noooot!


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sexta-feira, 8 de abril de 2011

Depois da Neve, sempre vem o Sol!

             Depois da neve, mentira nem teve tanta neve assim em Lyon, só uma semana em novembro e outra no Natal. Esse ano foi mais quente que o ano passado, pelo o que ouvi dizer foi tenso de frio. Agora, estamos em abril, e no mesmo mês de 2010 não tava tão quente e ensolarado como está fazendo esses dias... mas poutz, um sol de rachar, 25˚C, lindo os dias aqui, como os franceses dizem Il fait beau aujoud'hui! para dizer que o dia faz bonito hoje. Mas faz mermo, as flores brotando, as árvores perdendo aquele aspecto de graveto de espetinho de churrasco de gato carioca ou de filme do Tim Burton. Tudo ficando verde e océu mais azul do que nunca. É a primavera européia do aquecimento global.
              Com a nova estação, vem novas temperaturas e mudanças sem aviso, por isso estou doente há mais ou menos uma semana, não doente sem poder sair da cama, mas com aquela chatinha que não vai embora. Então, acho que vou ao médico semana que vem. Marcar uma consulta aí e ver qual é o diagnóstico. Enquanto isso, vou aproveitando a primavera. Indo a parques, no centro de Lyon, dar um rolé pelas cidades pertos, como Annecy, onde fui na última quarta com a Aurélie, ou Genebra, para onde irei amanhã, encontrar com Patrizia, uma suíça gente fina que conheci no Chile em 2009.
                Porém, o dia de hoje é de luto no Brasil, 12 criancinhas assassinadas ontem enquanto estudavam numa escola municipal do Rio de Janeiro. Muito se especula sobre as intenções e as motivações que levaram o tal do Wellinton a fazer isso. É uma tragédia. Portanto, a necessidade de criar uma super história melodramática inventada pela imprensa é inevitável. No que acreditar então? Eu não tenho como averiguar se ele era do Islã, se tinha barba, se tinha AIDS, se tinha psicopatia. Apenas posso dizer que estou triste, que meu dia ruim não chega perto do dia que as famílias dessas pequeninas vítimas passaram e ainda estão passando.

                 Sei lá, m'il fait pas beau au Brésil (hoje, não faz bonito no Brasil)!

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segunda-feira, 4 de abril de 2011

Um dia ruim

            Acabo de assistir A Single Man, veiculado no Brasil como Direito de Amar. Acabei de googlar o nome do filme e apareceu o nome da musica do cator Belo, enfim um parênteses aleatório, para continuar dizendo que esse filme me deixou pensando. Algo que nem faço 24h por dia na minha vida. É muito difícil ser Julia Roberts em Comer, Rezar, Amar outro filme que vi recentemente, onde ela se desliga do mundo. Estou escrevendo assim, porque é assim que é quando eu penso. Coisas aleatórias, sinapses bizarras, links, whatever, n'importe quoi. Voltando pro Single Man, que foi dirigido pelo Tom Ford, que é mais conhecido por ser estilista de moda. Lembrei da Heidi Klum agora, enfim e do Michael Kors também rs. Mas o filme que eu queria dizer, então, é muito interessante ou muito triste perder alguém com quem você se conecta, como o personagem de George tem com Jim. Pobre George. Pobre Colin Firth que não ganhou Oscar por esse filme. Ele poderia ter ganhado 2 por esse e pelo Discurso do Rei. Enfim, Oscar... Bom, o filme é bom, mas não era disso que queria falar. Então, ontem tive um dia semi-ruim, coloquei ruim no título para ver se mais gente lê, ops, quem é que vai terminar esse texto maluco afinal? enfim, ah é, um dia ruim. Domingo, começou com um cara maluco no metro que não queria ser pego pelos controladores, dai, muito esperto, ele atravessou a linha do trem e foi para o outro lado, dai os caras pararam um pouco o metro, cara sem-noção, nada aconteceu de grave. Bêbado ridículo. Estava doente, então passei o dia inteiro na cama, descansando. (Puta madre, agora tem o Mehdi rindo, a risada dele me irrita, putain, só mais um mês e meio). A noite sabia que tinha que ir encontrar a Aurélie, porque o Michel, um velhinho super gente boa, convidou a gente para uma festinha na casa dele. Então, fui para casa dela. Mas antes dui tentar sacar dinheiro para ver se meu cartão, que não está funfando no momento, funcionava. Enquanto isso, um moleque saiu do arbusto, passou a mão no meu bolso do casaco e levou minha musica embora. O cara vai ouvir o que depois: Sou Foda? Los Hermanos? Arnaldo Batista? Zeca Pagodinho? Tá tudo lá. No momento, estava ouvindo Loser like me, do Glee. Bem loser mesmo, o cara nem pra falar um T'as perdu, meuf! (Perdeu, ném!) Fiquei muito puta! Nesses momentos você liga para todo mundo, não tentei Mari Flor, mas ninguém atende na hora. Sorte minha que depois de umas quatro vezes meu pai me atendeu. Uff. Desabafei, xinguei, ... depois fui na soirée organizada com carinho pelo Michel. Mas o final de semana não foi tão ruim. No sábado, fui a um parque meio longe de Lyon, super bonito, super legal, querida (tô imitando a Aurélie rs). Muito bonito mesmo. Peguei até uma corzinha. E a noite sai com minha amiga Sofia, ela imita o português brasileiro muito engraçado. Ai, Sofia!!! 
E hoje foi meio chato porque não consegui sacar dinheiro, to devendo o aluguel para a proprietária, mas já falei com o padeiro, e ele vai pagar pra mim... vou dar um calote nele, brinks... ih, coitado, ele teve um acidente de carro nesse fds também, mas só foi o carro que sofreu. Ele também teve um dia ruim. E a Sabrina viu alguém com uma arma no metro. E o pai de uma do Marco nos Alpes morreu. E a Floriane está doente e eu também, zoutz! (tipo, que droga! em francês! acho que é assim que escreve). E o Mehdi é o Mehdi. 
Vamu para com isso, que só atrae coisa ruim, outro dia ruim, essas coisa ruim. Vamu pensa positivu. 


Sei lá, mil pensamentos positivos!


ou mil posts ramdom!!!




e quem ler até o final posta um comentario: o/
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terça-feira, 22 de março de 2011

Barfelona parte 2

                 Tinha esquecido completamente, mas eu conheci uma Júnia, de origem italiana! Pera aí, vamos voltar um pouco antes de eu ter conhecido uma chará ou xará, nunca usei essa palavra então não sei (segundo o dicionário online é chará). Então, tinha chegado sozinha em Barfelona. A noite, conheci umas paulistanas que estavam de férias na Espanha. Jantei com elas num restaurante chamado Brasil, comemos tapas e massa italiana. 
                  Voltando pro Hostel mais irado de Barcelona, Kabul, não fiquem aqui se quiserem dormir ou algo do tipo! Conhecemos uns brasileiros que moram na França, em Rennes, eles estavam com mais três mexicanos. E um deles teve a mochila furtada dentro do albergue. Daí, finalmente o Renan chegou. E resolvemos seguir a balada do hostel num lugar aí, não lembro o nome do lugar. Na volta à pé para o hostel foi engraçado demais, porque o João Paulo, que veio do Brasil, só trouxe um moletom e passou um frio...

                  No dia seguinte, chuva! Dormimos só 3 horas, mas poderíamos ter dormido mais. Turistar com chuva é muito ignóbil. Enfim, tiramos várias fotos na chuva, que aos pouco estou colocando no facebook.Fotos com o guarda-chuva que comprei do indiano. As meninas de Niterói chegaram nesse dia, e nos encontramos à noite no Kabul. 



                  Nesse dia, conheci a Júnia! E mais outros brasileiros, mais uns 4 mineiros e mais paulistas. Todos fomos para o Ratzmatazz, ou algo do tipo. Um lugar enorme com muita gente. Nos perdemos pra chegar lá, haha, mas chegamos. Dia seguinte: SOL! Muito sol, calor de 20˚C genial, fazia tempo que não tinha isso!!! Fomos à praia, La Barceloneta, onde me aventurei a tirar minhas botas (fui de bota pra praia, vê se pode?), e molhar os pés no Mediterrâneo. Resultado, depois fiquei coçando o pé, agora já passou... mas fala sério. Praia suja. 

                   Enfim, depois de relaxar na praia e no calor, fomos turistar, vimos a Sagrada Família, uma catedral aí pela metade que o Gaudí projetou e que nunca vai ficar pronta. Descobri também que Gaudí é tipo um Niemeyer, tudo em Barcelona que é colorido e torto, pode apostar que foi ele que fez. Depois, fomos ao castelo no monte Montjuïc, mas ele estava fechado. Voltamos pro albergue daí, para uma soirée (noitada) de Samba haha pra quê? Para ouvir Rebolation e Liga da Justiça aff. Depois dessa, dormir né?! Para turistar no último dia de Barcelona.


                    Acordamos tarde, perdemos o café do hostel. Mas fomos turistar, na chuva de novo. Fomos ao Parc Güell, mais Gaudí minha gente. Esse parque é muito legal. Parece um bolo de confeitaria, segundo minha mãe. Depois do passeio, voltamos pro hostel. Nem íamos sair pra festar, porque no dia seguinte, íamos pegar o vôo pra casa. Daí, resolvemos ir para um Pub Crawl, ir de pub em pub, no caso 3, no esquema do hostel. Depois disso, inventamos o chupito de cerveza. 
                      E no final quase perdemos a hora no dia seguinte mesmo, mas eu consegui salvar o bonde e acordar todo mundo inclusive a mim mesma. Terça-feira dia 15 de março de 2011 acordou triste em Barcelona, pois era o fim da nuestra ventura!!! Putz, até granizo teve. E eu fiquei de chinelos havaianas no aeroporto no maior frio, pois minhas botas de praia européia ficaram encharcadas.




                      Sei lá, mil chupitos de cerveza!


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segunda-feira, 21 de março de 2011

Barfelona parte 1

              Pois é, nesse fim de semana prolongado pós-carnaval, estive em Barfelona, no sotaque espanhol. Foram quatro dias de muita chuva, muito brasileiro, muita doideira,  muita gíria campograndense, muito catalan, muitos furtos (ainda bem que nada perdemos além da linha hehe), um pouco de sol, um pouco de cerveja do indiano, um guarda-chuva do indiano, um souvenir chinês do indiano... sei lá, mil coisas nessa Barça!!!
  Cheguei num dia nublado, mal sabia que seria melhor do que chegar na chuva torrencial que vivenciei na terça-feira passada saindo de lá, choveu até granizo e eu consegui encharcar até a minha alma. Acho que o guarda-chuva do indiano não deu conta do recado. Enfim, dei um rolé pelo Barri Gòtic, até o Arc De Triompf, tentei achar a praia, mas não deu certo. Fui sozinha, porque o Renan perdeu o ônibus e pegou outro que chegava só de noitona. E por isso ele ficou quase o dia inteiro na rodoviária de Madrid, pediram daí duas vezes o passaporte dele haha suspeitíssimo.
  Mas antes de Barcelona, estávamos todos em Madrid, quando Lihemm ainda estava lá também. Na quarta, Paula e ela ficaram fazendo trabalho da faculdade com um tal de Igor, que não cheguei a conhecer. Saímos com as meninas de Niterói e mais dois cariocas que vieram com elas. Paramos em duas festas aleatórias, que uns promoters ficam panfletando e tentando de convencer a entrar nesses lugares (Paula viu numa reportagem que a maioria dessas pessoas eram brasileiras, porque teríamos mais lábia).
   Na quinta, eu e o Renan turistamos mais por Madrid e vimos o famoso Guernica, no museu Reina Sofía. O quadro é enorme e muito lindo, mas não dá pra ficar pertinho, porque tem uma linha imaginária que nenhum segurança deixa a gente passar.  Depois saímos com Paula, Lihemm e uma amiga espanhola, Mariana (nome arroz é assim, Flor).  Fizemos um programa de leve, no Los 100 Montaditos... lugar com 100 tipos de montaditos, um sanduíche espanhol, com 100 tipos de recheios. Uma delícia!
   
                Sei lá, depois tem mais!


                Sei lá, mil montaditos!


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quarta-feira, 9 de março de 2011

Entre tapas e porras

               Calma gente, não é nada disso que vocês estão pensando. Nada de música sertaneja nem qualquer outra coisa que estejam pensando mesmo. Tapas e porras são nomes de comida aqui nessa Espanha.
               Na sexta, quando cheguei aqui, a Paula e a Lihemm me levaram no El Tigre, onde tem a tradicional tapas e outros quitutes espanhóis. É um pão com variados tipo de presunto defumado por cima... uma delícia. Ontem, elas me levaram no San Ginés, onde tem o famoso churros e a famosa porras, que é um churro um pouco maior. 



               No domingo, fui no mercado El Rastro, onde tem de tudo um pouco para se vender em barraquinhas. Foi uma dica do Adolfo, argentino gente boa que estuda com o Zaga em Paris. Lá mesmo, tem um lugar onde se vende sardinhas na chapa. E como reza a tradição espanhola, quanto mais sujo um lugar, melhor, pois é um sinal de que o lugar é bastante frequentado. Mas é tipo muita sujeira no chão, guardanapo, comida, tudo. Enfim, sardinha na chapa é bom, mas não é aquela que a gente come na praia.
               Turismo em Madrid até agora foi assim, bem gastronômico. Exceto Toledo, cidade do Dom Quijote de la Mancha, para onde fui na segunda. Lá, eu me senti no jogo do meu irmão, Assassins Creed. Tinha até roupa e espadas de cavaleiros medievais para vender como souvenir. Não deixei de reparar também que em Toledo tinha uma arquitetura que vi no Marrocos, influência moura lá é bem presente, mas um tanto discreta. 

Las Cuevas Sésamo
                Entonces, depois do me passeio em Toledo, fomos tomar a sangria do mal, no Las Cuevas Sésamo, que também é tradicional, o lugar e a bebida. Genial, tudo é tradicional. Hoje, quarta de cinzas (torcendo para Porto da Pedra), céu nublado em Madrid. O Renan chega daqui a pouco, Moema e Mariana (sem ser a Flor) também. Vou ver se, com eles, faço mais turismo tradicional por Madrid e Barcelona. Hasta luego, guapos! Venga!


                Sei lá, mil tapas e mil porras!


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domingo, 27 de fevereiro de 2011

Além disso, somos atrasados!

             No dia em que postei o ultimo texto, aconteceu um choque cultural sobre as "boas" maneiras de um brasileiro (Desculpa, Aurélie!). É verdade que não usamos "vós" e que chegamos atrasados e nem avisamos sobre o atraso, porque para nós não é um atraso. Não temos regras de etiqueta. Se temos, não seguimos. Ignoramos. E com nosso jeitinho tentamos nos desculpar pelo nosso jeitinho de ser. Somos atrasados com esse jeitinho brasileiro.
             Não que a França em si seja super avançada. Digamos que ela está no ponto. É pontual portanto. Nós somos atrasdos mesmo. Temos um salário mínimo ridículo que nem faz cócegas, e brigamos para ter um menos ridículo que R$545. Aqui o mínimo é cerca de 1.000€ liquido mensais por 35 horas/semana de trabalho. No Brasil, não chega a 200€, e temos praticamente a mesma carga tributária que a francesa. A classe média é bastante grande. A maioria das pessoas ganha pouco mais de 2.000€. Os casais tem no máximo dois filhos cada. Sobra dinheiro pra viajar um pouco. Boa parte dos brasileiros nunca pegou um onibus para ir a uma outra cidade fazer apenas turismo.
             Claro, aqui tem gente desempregada, que recebe ajuda do governo que está em crise por causa da crise, reminescências da crise americana de 2008 ainda. A UE ainda sofre dela. Muita gente desempregado aqui aliás. Gente sem teto e uma capital com 10% dos prédios desocupados. Paris é uma das cidades com metro quadrado mais caro do mundo, junto com Tóquio e Nova Yorque. A França está longe de ser perfeita, mas está tentando chegar lá na hora. Quanto ao Brasil, continuamos esperando.
              Somos atrasados porque não gostamos de esperar. Mal sabemos que esperamos atrasados e estagnados. No entanto, para os europeus, o Brasil é um país autêntico, que temos uma mulher à frente da presidência e que tivemos, antes dela, aquele baixinho que fala engraçado e super simpático. Temos nossos problemas de favela, mas encaramos a vida com bom humor. Para uma Italia de Berlusconi ou uma França de Sarkosy, somos, aos olhos conservadores e extremistas temerosos de um terrorismo por vir, de certo modo vanguardistas. 




               Aquilo que enxergamos nem sempre é a realidade. Parece um caximbo, mas não o é. Parecemos avançar, mas será? Espero que sim. 
     
                Quadro do René Magritte, que espero estar em algum museu em Bruxelas, na Bélgica. Vou pra lá na Páscoa com a Aurélie. Estou num momento crucial que ao mesmo tempo quero ir me embora para Pasárgada, mas ao mesmo tempo também quero ficar no Hexágono de Carla Bruni. 


                 Sei lá, mil atrasos!


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quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

A gente somos informal

             Fiz três anos e meio de Aliança Francesa antes de vir pra cá, e quando a gente estuda francês, somos avisados das diferenças de tratamento, entre vous e tu. Porém, não fazia ideia da importancia da formalidade para cada cidadão aqui. Aliás, existe até um verbo pra isso, na verdade dois, vouvoir e tutoir, que servem para pedir que o tratem de maneira formal ou mais amigável. Os jovens pouco se importam se você os trata com tu logo de cara. Já os mais velhos, sim.
             Cheguei aqui vouvoando todo mundo, o que incomodava alguns franceses jovens de quem já era amiga, como a Floriane, por exemplo. Então comecei a usar o tu, o que me rendeu alguns tapas na cara verbais, sempre com educação. Acho que pior do que ser xingado na rua, é levar uma indelicadeza com educação, mas só porque você foi indelicado primeiro (sem percebê-lo claro). 
              No Brasil, o problema é na hora de ser formal. O que fazer? Como proceder? Então, eu acho que é por isso que todo mundo vira amigo de todo mundo, mesmo não querendo ser. Justamente para evitar formalidades formais. Um pouco hipócrita querer ser amigo de todo mundo. Impossível sê-lo, na verdade. 
              Até porque voltar a falar "vós", tenho lá minhas crenças de que a gente nunca utilizou "vós" na vida. Ninguém usa, é difícil de conjulgar, nem o professor Pasquale sabe direito. E o "tu" ficou para alguns dos brasileiros que insistem em usá-lo, de maneira até à la francesa, não pronuciando as consoantes no final da palavra, nesse caso, o "s". Um exemplo: "Mas tu acha a Gisele é linda che?!"
              Seria atavismo demais tentar resgatar o "vós" para nossas vidas, e ainda acrescentar dois verbos que causariam confusão, vósvoar e tutoar. Não rola! Total ;)! Seremos sempre informais, como a norma de conduta brasileira nos ensina desde pequenos, que se chamamos alguém por Senhora, a resposta será "É a sua vó"!!! Dae convida-se gentilmente  pra tomar um chopp, como todo brasileiro normal faz, chamando pelo bom e velho "você"! Deixemos pois o "tu" bem conjugado e o "vós" para os amigos lusos do Bruno Aleixo. (Bruno Aleixo na Escola)
              
               Semana passada escrevi o post sobre queimar o país em que habito no momento. Por puro mal estar de ter que resolver as coisas tudo sozinha. A vida de adulto é assim, cheia de burocracia. Pensando assim logo vou ter que encará-la no Brasil de novo. E quando voltar vou ficar remoendo e dizendo que não aproveitar a França ou Lyon como deveria.
                Lyon é realmente uma cidade linda e muito legal para se morar. Não é preciso andar com medo nas ruas, nem olhando para todos os lados desconfiando de todo mundo. Apesar de fazê-lo por força do hábito. Mas lógico que a cidade não é livre de caos também. No domingo, dia 13, um cara com um furão passou a faca na goela de um homem de 27 anos apenas só porque ele reclamou do furão que andava aparentemente sem coleira. E nesse sábado, na comemoração de aniversário do padeiro, um cara jogou um coquetel molotov em frente ao Boston Café, só porque o segurança não deixou ele entrar... gente doida nesse mundo!
                Quero dizer que estou aproveitando. Ao lado da Aurélie, Sabrina, Sofia (mexicana mucho loca)!!! E agora da Moema também! Bizarro total tê-la encontrado em Lyon!! A conhecia do pH, que a gente fez em 2007, depois disso, mesmo morando em Niterói, mesmo fazendo UFF, e mesmo o campus de Direito sendo do lado do Iacs, nunca nos encontramos depois do cursinho. Só agora! Genial o mundo ser tão petit!


Olha como Lyon é bonita!


                Sei lá, mil vóses che!

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quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Burocracia, a história

            Realmente é uma longa história ter que encarar a Burocracia. Já é aquela história tê-la no Brasil, mas na França onde ela foi criada é mais tensa, mais adrenalina, mais vontade de mandar todo mundo à la merde, como diz Anita. 


            Em Paris, existe o Musée de la Bureaucratie, muito legal. Mas antes de ir lá tem que achá-lo primeiro. Esse museu fica na Rue des Perdus, no XXI˚ arrondissement. Tem que comprar a entrada pela internet ou nas lojas Fnac. Feito isso, tem que voltar e tentar achar esse museu no Google. Se não encontrar, tentar pedir informação em francês gaulês antigo. Caso não fale a língua, arranjar alguém que fale. 
            Quando encontrar o museu, vai ver uma fila enorme. Mas não precisa se assustar. Todos os museus parisienses são assim. Provalvemente você vai ficar na fila errada. Pas de souci (sem problema)! Só entrar em outra. Depois de passar por três filas aparentemente corretas, vai ter que passar por detector de metais - tem muita coisa valiosa no Museu da Burocracia. 
            No séc V e pouquinho, Carlos Magno após ter pedido para Igreja para colocar o marco da cidade de Paris em frente à Catedral Notre Dame, esta que ainda nem tinha sido construída. Teve um trabalhão para finalmente conseguir o que queria, decidiu que se o próprio Rei, do que viria a ser França um dia, tem que passar por tal coisa (não existia nome para isso), todos assim deveriam também e de uma maneira que sofressem mais. Foi decretado, assim, que essa "coisa" seria lei, e que reinventariam o modo como faziam nos tempos do César : Museu da Burocracia (video institucional). 
             Já no séc XVII, Louis XIV decidiu que ele era o Estado (l'État c'est moi ou quelque chose comme ça!) e que queria todo o poder (cracia, do grego antigo) de seu escritório (bureau, do francês gaulês). Daí, o termo bureaucratie ou a famigerada burocracia para os brasileiros. Tem até um quadro em tinta à óleo de Dom João VI, pintado por Debret, expulsando as pessoas de suas mansões para que pudesse ficar com elas. Em um ato burocrático, mas bem mais rápido e eficaz que de costume.
              Vale a pena conferir! De verdade! Quanto à burocracia?! Je m'en fiche d'elle (tá errado, mas queria ser enfática, significa "tô nem aí pra ela")!!!


               Sei lá, mil bureaux et mil craties!!!


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quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Brasil X França

             Acabei de falar com a Juliana, dae me inspirei pra escrever um pouquinho hoje. Afinal, ela é uma dos leitores mais assíduos deste blog. Além do Anônimo, que eu sei que é minha mãe. Bem, provavelmente vou terminar o post depois do jogo amistoso do Brasil X França.


            A imprensa francesa não está otimista, os jogadores franceses não estão otimistas, os franceses não estão otimistas, nem o padeiro está otimista. Talvez o único seja o Sarkozy, mas isso não posso confirmar, apesar de minhas leves suspeitas. Também quem estaria após o fiasco universal liderado por Raymond Domenech na Copa do Mundo na África do Sul? 
            Do lado brasileiro, Mano Menezes tem mais uma oportunidade de que não está pra brincadeira e que nem faz parte do sete anões. É com o Mano, meo, que a gente vai ganhar. Hã?! Não faço ideia, se a gente vai ganhar ou não. Aliás, nem vi nenhum dos outros amistosos que o Mano comandou. Só vou ver esse, porque moro com 4 franceses e minha melhor amiga aqui é a francesa mais brasileira que conheço. Dae, ver um jogo desses em que a França pode levar aquele toco e na França. Vai dá pra esquecer aquele jogo...


Foto tirada em Cervières no programa de índio


                Nem lembro mesmo daquele jogo, tinha só dez anos e minha atenção era constantemente desviada. Só do Galvão falando "Cadê o Ronaldinho?!" e das piadas do Casseta & Planeta falando que ele tinha amarelado, isso, da época em que o programa era engraçado e que o Bussunda era o Ronaldo. 
                Agora é a era do Pato, do Ganso, do Tuiuiu. Aliás, ele deve fazer um gol hoje: o Pato, não o Tuiuiu. Bem, vamos ver no que vai dar. Se depender do jornal local, la Seleçao, do Ordem et Progess (assim mesmo que estava escrito) deve ganhar hoje mermo, porque é uma lenda e porque é penta. Se a gente reclama do jornalismo brasileiro, não se preocupem o daqui também não é lá grande coisa. 
                 Ah, e tinha uma foto de uns 4 jogadores na capa do jornalzinho, nunca tinho visto mais gordo. (agora o Marco saiu do quarto com o violão e gritando e tocando uma música ae). República doida. Só um parênteses mermo.


                 E Mariana, sonhei esses dias que a gente tinha ido pra Cabo Frio. FIca a dica pra uma viagem futura no matsumóvel. Três lugares avaiable. Agora, tô indo com os coloc's para um pub inrlandês ver France versus Brésil sem Galvão Bueno. 


Ah-ha: Terminei o post antes do jogo!


                  Sei lá, mil amistosos!


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sábado, 5 de fevereiro de 2011

Minha vontade

            Minha vontade era escrever aqui todo dia. Porém, essa realidade não me pertence, porque não acontece muito ou nada de interessante aqui todos os dias. Os dias são só dias. Ou talvez eu esqueça com muita facilidade o que aconteceu nesses dias ou nessa estada toda no continente europeu. E para se escrever é necessário um assunto, no meu caso uma história, uma trama cheia de nós que tenha um desfecho engraçado (no meu julgamento, claro).
            Se bem que eu posso escrever sobre n'importe quoi, mesmo não tendo um plot matriz que carregue o post do blog. Na verdade, acho o estou fazendo. Estou até utilizando termos estranhos à lingua portuguesa sem traduzí-los. Coisa que não iria fazer, como no dito primeiro post acidentalmente deletado por essa pessoa que vos escreve.
           
            Como já dito, não acontece muita coisa. Fui no cinema três vezes essa semana. Muito raro para mim. Pricipalmente aqui. Acho que vejo mais filmes no computador, em DVD ou TV que no cinema. Em três diferentes cinemas de Lyon, todos de rua, sendo um deles um multiplex, a Pathé, ou outros são de bairro e incrivelmente independentes, Le Zola e La Comoedia. 
            Na quarta, vi Wild Target, uma comedia britânico ae com aquele menino do Harry Potter, detalhe: não paguei pra entrar e com preguiça de explicar como. Na quinta, vi La vie de ma chance, um francês ae mas ruim, ruim de doer, com plot ruim, e cast mais ou menos, e ainda paguei 7€40 pra ver essa merda. Na sexta, vi Somewhere, da Sofia Coppola, o melhor dos três sem dúvida, mas não é o melhor dela, na minha opinião é Virgens Suicidas. 
             E no novo filme da Coppola, tem muita gente pop, tem Benicio del Toro, Famosos da TV italiana (que Sabrina, a italiana, ressaltou durante a projeção) e as gêmeas namoradas do M. Heffner, como dançarinas de pole muito... no sentido engraçado. (The Strokes - I'll try anytnhig once - iTunes).


Atenção: post inspirado por vídeos idiotas de PC Siqueira e Felipe Neto. Por algum motivo, esses filhinhos da classe média urbana brasileira vem fazendo sucesso na internet por simplesmente não fazerem o menor sentido e serem aleatórios, I guess, mas sem sê-los na real!


Sem comentários


             Bon, voilà!


             Sei lá, mil coisas!


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